O Noé de John Huston e a representação do patriarca no século XX
Resumo
Este artigo analisa as representações fílmicas do patriarca Noé, da arca e dos animais, ao longo do século XX. Através da história narrativa e cultural, apresenta-se a importância do mito do Dilúvio nas sociedades contemporâneas, especialmente o papel que a história noaica desempenha nas disputas entre fundamentalistas e progressistas. Examina-se, também, as apropriações dessa história pelo cinema entre as décadas de 1900 e 1930, culminando na produção do filme A Bíblia (Huston, 1966).
No âmbito desse filme específico, objetiva-se analisar a sequência do Dilúvio, em especial em dois aspectos: a representação da embarcação e dos animais, estabelecendo as relações entre essas passagens e as referências cinematográficas e artísticas pretéritas ao mesmo tempo que se analisa como a edição e a trilha sonora incorporaram essas referências ao filme. Concluímos que o resultado final exposto em tela se estabeleceu como um verdadeiro paradigma imagético do século XX e da história da arca de Noé.
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Direitos de Autor (c) 2023 José Maria Gomes de Souza Neto

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Artigo aceite em 2023-09-21
Artigo publicado em 2023-09-21