Faria, um maître do cartaz cinematográfico

  • Norberto Gaudêncio Junior Brasileiro
Palavras-chave: História., Cinema, Imagem impressa, Cartaz, Entretenimento

Resumo

O presente trabalho, baseado numa tese de doutoramento do autor, propõe uma visão ampliada dos estudos voltados ao cinema ao apresentar a obra do artista gráfico brasileiro Cândido Aragonez de Faria, no período parisiense de sua produção (1882–1911), quando este se notabilizou artista gráfico especializado na indústria do entretenimento e como um pioneiro da cartazística cinematográfica. Discorre sobre o termo petit maître que usualmente lhe é atribuído e propõe uma revisão da história da comunicação gráfica que também contemple os artistas tidos por “medianos” como objeto de estudo. Aborda a valoração do cartaz neste final de século XIX, amplamente ancorada numa perspectiva modernista de construção de sua história, fator que colaborou para o apagamento histórico posterior deste artista. Enfatiza o papel da imagem fotográfica como principal referencial imagético na obra gráfica de Cândido de Faria e gosto pelo “realismo” das plateias neste período. Aborda sua produção pioneira de cartazes para a companhia cinematográfica Pathé, destacando seu protagonismo como colaborador inserido nas estratégias de apresentação e legitimação do primeiro cinema adotadas por esta empresa, bem como a influência de diferentes instâncias da cultura visual urbana deste período em sua obra. Por fim, reivindica a inserção de Cândido de Faria, e outros artistas que como ele estiveram comprometidos com o “negócio da imagem impressa”, como merecedores de maior investigação acadêmica.

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Publicado
2023-09-21
Como Citar
Gaudêncio Junior, N. (2023). Faria, um maître do cartaz cinematográfico. Rotura – Revista De Comunicação, Cultura E Artes, 3(2), 52-63. https://doi.org/10.34623/zx8b-b848
Artigo recebido em 2023-05-10
Artigo aceite em 2023-08-09
Artigo publicado em 2023-09-21