Arte Figital: taxonomia e análise das dimensões híbridas na experiência estética contemporânea

  • Nelson Francisco Ribeiro Caldeira Centro de Investigação em Artes e Comunicação, Doutorando em Média-arte digital, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade do Algarve/Departamento de Ciências e Tecnologia da Universidade Aberta https://orcid.org/0009-0009-3788-9943
  • Pedro Jorge Agostinho Alves da Veiga Centro de Investigação em Artes e Comunicação, Universidade Aberta https://orcid.org/0000-0001-9738-3869
  • João Miguel Magalhães Marcelino Fernandes Cordeiro Universidade de Évora, Escola de Artes, CHAIA - Centro de História de Arte e Investigação Artística/Departamento de Artes Visuais e Multimédia https://orcid.org/0000-0002-0161-7139
Palavras-chave: Arte Figital, Interatividade, Taxonomia, Cocriação, Fruição

Resumo

Este artigo examina a integração entre o físico e o digital na expressão artística contemporânea, sendo proposto o termo arte figital, um conceito derivado do termo phygital, adaptado do inglês para designar experiências híbridas que combinam elementos tangíveis e virtuais. A arte figital reflete uma fusão colaborativa entre o físico (fí-) e o digital (-gital), na qual ambos os componentes se influenciam mutuamente, possibilitando novas formas de expressão artística e de fruição por parte do público.
Para analisar estas dinâmicas, propõe-se uma taxonomia composta por seis categorias principais: integração físico-digital, fruição, interatividade, envolvimento corporal, experiência sensorial e profundidade conceptual. Esta estrutura permite uma avaliação abrangente das várias dimensões da experiência figital, fundamentada com base em teorias de autores como Manovich, Grau, Dewey e Veiga, entre outros.
Para testar a robustez e validade da taxonomia, esta foi aplicada a três obras representativas; Rain Room, The Treachery of Sanctuary e Unnumbered Sparks, analisando-as de forma comparativa e destacando a singularidade de cada uma no espectro figital.
A aplicação deste modelo taxonómico revela-se eficaz para identificar o equilíbrio entre os componentes físicos e digital e o envolvimento do público em múltiplos níveis. A tabela de classificação e o gráfico radar fornecem uma visualização clara da posição de cada obra, permitindo observar as diferentes abordagens. A flexibilidade desta taxonomia torna-a uma ferramenta para a análise e compreensão da arte figital, apoiando a inovação e a interatividade num contexto em que o tangível e o virtual se fundem de forma cada vez mais complexa.

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Biografia Autor

Nelson Francisco Ribeiro Caldeira, Centro de Investigação em Artes e Comunicação, Doutorando em Média-arte digital, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade do Algarve/Departamento de Ciências e Tecnologia da Universidade Aberta

Nelson Caldeira holds a degree in Communication Design from the Polytechnic Institute of Portalegre and is currently a PhD candidate in Digital Media-Art at the University of Algarve/Universidade Aberta. A web development specialist, he is proficient in various programming languages, including JavaScript, CSS, HTML, and Python. He works as a web developer and web designer while also serving as a faculty member at the Polytechnic Institute of Portalegre, where he teaches courses in multimedia and web technologies.

With nearly two decades of experience in the corporate sector, Nelson has received several awards for excellence in web development projects. He has also worked as a consultant and trainer in initiatives supported by the European community. His research interests focus on user experience and interactivity, particularly leveraging technologies such as computer vision, along with exploring generative art and augmented reality. He is currently dedicated to creating experiences that connect the physical and digital realms, proposing innovative approaches to artistic and technological engagement.

Publicado
2025-09-29
Como Citar
Ribeiro Caldeira, N. F., Alves da Veiga, P. J. A., & Fernandes Cordeiro, J. M. M. M. (2025). Arte Figital: taxonomia e análise das dimensões híbridas na experiência estética contemporânea. Rotura – Revista De Comunicação, Cultura E Artes, 5(2). https://doi.org/10.34623/2184-8661.2025.v5i2.359
Artigo recebido em 2024-12-08
Artigo aceite em 2025-07-29
Artigo publicado em 2025-09-29