A questão étnico-racial nas diegéticas do filme Rio, 40 Graus e o dilemma da censura

Palavras-chave: Cinema Novo, Censura, Étnico-Racial, Rio, 40 Graus

Resumo

A questão étnico-racial nas diegéticas do filme Rio, 40 Graus e o dilema da censura analisa como a exposição de questões étnico-raciais na narrativa do filme impactou fortemente os agentes censores da época, que descortinavam na tela alva do cinema a negritude das favelas do Rio de Janeiro nos anos 1950. Assim, a censura é apresentada como uma ferramenta do governo para controlar a imagem estética do Brasil, ocultando realidades sociais objetivas como miséria e desigualdade racial. Ao proibir o filme, o Estado buscou evitar a exposição de tensões sociais, mas essa repressão mobilizou críticos e intelectuais em defesa da liberdade de expressão, consolidando um forte movimento da sociedade civil e intelectual pela democratização. O filme em tela, portanto, tornou-se símbolo de resistência e catalisador de debates sobre direitos sociais, raça e classe, desafiando narrativas idealizadas e promovendo uma reflexão sobre a realidade social brasileira.

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Publicado
2025-06-18
Como Citar
Prudente, C. L., & Nascimento, A. L. (2025). A questão étnico-racial nas diegéticas do filme Rio, 40 Graus e o dilemma da censura. Rotura – Revista De Comunicação, Cultura E Artes, (Especial), 95-104. https://doi.org/10.34623/2184-8661.2025.tell_me.418
Artigo recebido em 2025-03-11
Artigo aceite em 2025-06-18
Artigo publicado em 2025-06-18