Imaginários entrelaçados de Brasil e de Portugal em uma performance visual do artista Edicleison de Freitas Cardoso: uma crônica sobre as Múmias
Resumo
A presente iniciativa transpõe imagens e sensações referidas por um experimento artístico de 2024 para a dimensão corrente do texto e seu possível reflexivo, a partir de um trabalho conduzido no espaço público de Coimbra (Portugal), pelo artista Edicleison de Freitas e a participação de terceiros passantes. Enquanto gesto de abrangências coletivas, seja pelos temas da família e da memória, seja pela conjugação aberta dos imaginários junto ao seu respectivo público circunstancial variado, seja, ademais, pelo enfrentamento da cidade através dos mecanismos poéticos da arte contemporânea, quis o artista propor uma dilatação muito específica sobre a matéria do tempo - qual seja: enquanto o corpo sucede-se como agência (um uso/krestai que dele se apodera) de uma Múmia performada, o rito convoca restos emocionais do artista que se aglomera com ruínas afetivas reverberadas do seu público, em um procedimento que escava das narrativas para os rostos inventivos da arte, talvez por exumar e salvar os mortos dos atores envolvidos, então visíveis e invisíveis dentro da cidade.
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Direitos de Autor (c) 2024 Andre Feitosa de Sousa
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Artigo aceite em 2024-09-30
Artigo publicado em 2024-09-30