Em frente ao espelho: a “situação-cinema” segundo Roland Barthes
Resumo
No texto “En sortant du cinéma” (1975), Roland Barthes narra um estado alterado de consciência, em princípio o seu próprio, à saída de uma sessão de cinema, relatando ainda aquele que o precede à entrada e a experiência vivida na sala.
Partindo deste texto, colocado em diálogo com outros de Barthes e ainda com alguns autores que são referências explicitas do mesmo, como Freud, Lacan ou Brecht, o ensaio que agora se apresenta procura investigar em que consiste a experiência cinematográfica para o espectador-Barthes ou para aquele espectador múltiplo que parece ter sido convocado a marcar presença no evento.
Uma experiência com limites difusos, uma hipnose de efeitos transitórios, um estado de passividade produtiva, um desejo de fusão, uma distância amorosa, um afeto ambivalente, tais poderão ser os termos contraditórios que definem a “situação-cinema”.
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Direitos de Autor (c) 2024 Maria João Viegas
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Artigo aceite em 2024-09-22
Artigo publicado em 2024-09-30